Como calcular os juros compostos do seu investimento?
Juros compostos são a força mais poderosa do universo, afirmou Einstein. Saiba como calcular.
Postado em: 01/10/2019
Uma frase, atribuída ao físico Albert Einstein, uma das mentes mais brilhantes da história da humanidade, afirma que “os juros compostos são a força mais poderosa do universo e a maior invenção da humanidade, porque permite uma confiável e sistemática acumulação de riqueza”.
De fato, os juros compostos têm um poder quase milagroso de atuar a favor dos seus investimentos, pois, com planejamento financeiro, economia mensal e disciplina, eles são responsáveis por um grande salto que o seu dinheiro pode dar no longo prazo.
Por que os juros compostos são poderosos?
Os juros compostos são calculados levando em conta a atualização do capital, ou seja, o juro incide não apenas no valor inicial, mas também sobre os juros acumulados (juros sobre juros). Esse tipo de juros, chamado também de “capitalização acumulada”, é muito utilizado nas transações comerciais e financeiras (sejam dívidas, empréstimos ou investimentos).
Por exemplo, uma aplicação de R$ 10.000, no regime de juros compostos, é feita por 3 meses a juros de 10% ao mês. Qual é o valor que será resgatado ao final do período?
- Mês 1, 10% de R$ 10.000 = R$ 1.000. Ou seja, R$ 10.000 + R$ 1.000 = R$ 11.000
- Mês 2, 10% de R$ 11.000 = R$ 1.100. Ou seja, R$ 11.000 + R$ 1.100 = R$ 12.100
- Mês 3, 10% de R$ 12.100 = R$ 1.210. Ou seja, R$ 12.100 + R$ 1.210 = R$ 13.310
Note que o juro é calculado usando o valor já corrigido do mês anterior. Assim, ao final do período, será resgatado o valor de R$ 13.310,00.
O poder está nos juros compostos aliados ao longo prazo
Veja que, no exemplo anterior, citamos uma amostra de apenas três meses de incidência de juros compostos. Agora, imagine a rentabilidade que pode ser obtida no longo prazo, em dez ou vinte anos. É no longo prazo, dando tempo ao tempo, que a “mágica” dos juros compostos fica mais perceptível.
Voltamos ao exemplo anterior: uma aplicação de R$ 10.000, no regime de juros compostos, só que, agora, calculada por dez anos, 120 meses, e não apenas 3 como anteriormente. Mantemos a mesma taxa de juros de 10% ao mês, para efeito de comparação. Qual será o valor resgatado ao final do período? Você vai se surpreender!
Ao final do primeiro ano de incidência dos juros compostos, ou seja, 12 meses, os R$ 10.000 investidos terão se transformado em R$ 31.384,28. Ao final do segundo ano, 24 meses, R$ 98.497,33. Ao final do terceiro ano, 36 meses, R$ 309.126,81.
Ao final do quinto ano, 60 meses, os R$ 10.000 terão se transformado em mais de R$ 3 milhões! Mais precisamente, R$ 3.044.816,40. Finalmente, ao final dos dez anos, 120 meses, aqueles poucos R$ 10.000 se transformam em R$ 927.090.688,18. Quase um bilhão! É esse o poder dos juros compostos nos seus investimentos.
Claro, para facilitar o cálculo, mostramos um exemplo que rende juros compostos permanentes de 10% ao mês, todos os meses. Essa é uma taxa de juros praticamente inalcançável hoje em qualquer investimento no Brasil, visto que a Taxa Selic, os juros oficiais estabelecidos pelo Banco Central, está em 6% e com viés de redução.
Mas, taxa de juros à parte, o importante é que você compreenda a força que os juros compostos têm sobre os investimentos. E, como vimos, os juros compostos aplicados no longo prazo são, como Einstein falou, a força mais poderosa do universo e a maior invenção da humanidade em termos de finanças e investimentos.
Por isso, para investir no longo prazo e aproveitar essa “força poderosa do universo”, disciplina e planejamento são fundamentais.
Diferenças entre juros simples e juros compostos
A diferença básica entre juros simples e juros compostos é a base de cálculo da taxa de juros. Enquanto nos juros compostos, como vimos, ela é aplicada sobre o montante acumulado no último mês, nos juros simples, a taxa é aplicada somente sobre o valor inicial do investimento.
Em outras palavras, enquanto nos investimentos em que são aplicados juros compostos, o valor cresce muito mais rápido porque são aplicados os chamados juros sobre juros, nos investimentos com juros simples, a incidência se dá apenas pelo valor investido inicialmente.
Voltamos ao exemplo anterior para, em 3 meses, você entender a diferença. Enquanto, com juros compostos de 10% ao mês um investimento de R$ 10.000 se transforma em R$ 13.310 ao final do terceiro mês, com juros simples o cálculo ficaria assim:
- Mês 1, 10% de R$ 10.000 = R$ 1.000. Ou seja, R$ 10.000 + R$ 1.000 = R$ 11.000
- Mês 2, 10% de R$ 10.000 (investimento inicial, e não o acumulado ao final do mês anterior) = R$ 1.000. Ou seja, R$ 11.000 + R$ 1.000 = R$ 12.000
- Mês 3, 10% de R$ 10.000 (novamente, investimento inicial, e não o acumulado ao final do mês anterior) = R$ 1.000. Ou seja, R$ 11.000 + R$ 2.000 = R$ 13.000
Parece pouca diferença dos R$ 13.310,00 conseguidos com os juros compostos para os R$ 13.000,00 alcançados com os juros simples, mas imagine essa diferença não em 3, mas em 120 meses. Em vez dos quase um bilhão alcançados, teríamos exatamente R$ 130.000 na conta.
Juros compostos contando a favor são bons, mas contra...
Veja bem: estamos falando neste artigo que os juros compostos são, como disse Einstein, “a força mais poderosa do universo e a maior invenção da humanidade” porque, nos investimentos, eles têm um poder fantástico de multiplicação do seu dinheiro.
Porém, os juros compostos também podem ser uma praga se, por outro lado, você acumular dívidas, como não pagar o cartão de crédito ou pagá-lo pelo mínimo, como grande parte dos brasileiros o fazem. Aí, o que é muito bom pode ser extremamente avassalador nas suas finanças.
A própria palavra “juros” tem uma conotação negativa para o brasileiro, em que, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 64,8% das famílias estão endividadas, e 24,3%, quase uma a cada quatro famílias, estão inadimplentes, pois, para nós, a palavra “juros” está ligada a parcelamentos ou pagamentos atrasados.
E, nesses casos, os juros compostos jogando contra são malvados mesmo, pois o juro do cartão de crédito, por exemplo, também aumenta de maneira composta e a dívida aumenta exponencialmente.
Juros compostos: como calcular?
Agora, depois de saber tudo isso a respeito dos juros compostos, você deve estar pensando: como eu vou calcular o meu investimento no longo prazo? Como faço para prever qual será a ação dos juros compostos e quanto receberei ao final do investimento?
Fique tranquilo, você não precisa ser economista ou mesmo gostar de matemática para calcular, mês a mês, a ação dos juros compostos sobre o seu investimento. A grande maioria das empresas de investimentos dispõe de simuladores capazes de fazer esse cálculo para você.
Nós, do Família Previdência, por exemplo, temos essa excelente ferramenta de planejamento financeiro de longo prazo em nosso site. Através do nosso simulador, em apenas três passos simples, sua simulação do investimento estará pronta.
E o simulador do Família Previdência não apenas apresenta o resultado da sua simulação como também permite que você jogue com os valores e prazos, buscando adequar o seu investimento ao resultado que você espera.
Assim, você pode editar o valor de aporte inicial, idade da sua aposentadoria, por quanto tempo desejará receber sua aposentadoria, valor da contribuição mensal e até rentabilidade estimada da sua previdência privada.
Cada movimento que você faz ajustando os valores, o resultado altera na hora, facilitando a sua compreensão da simulação e você não precisa ficar calculando a ação dos juros compostos.
Viu como é simples calcular os juros compostos do seu investimento? Faça já a sua simulação!
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