Economia laranja: presente e futuro dos negócios com criatividade - Família Previdência

Economia laranja: presente e futuro dos negócios com criatividade

Entenda como funciona a economia laranja e quais são os desafios do setor

Postado em: 23/03/2022

Nos últimos anos, você ouviu falar sobre temas como mundo em transformação, profissionais – e profissões – que se reinventaram e no avanço da chamada “economia laranja” ou economia criativa? 

A cor e o nome estão relacionados à criatividade, à habilidade, à cultura e à inovação. O termo surgiu quando o autor especializado nesta economia John Howkins publicou The Creative Economy: How People Make Money from Ideas, em 2001 — a primeira vez que o conceito foi mencionado em um livro.

O setor é formado por atividades com potencial socioeconômico que lidam com criatividade, conhecimento e informação, ancorados na cultura e no capital intelectual, mas que se ramificam para outras áreas de atuação. No Brasil, a economia criativa é responsável por cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB). No mundo, aproximadamente 3% do PIB fica com o segmento, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e com a consultoria EY. 
 
Design, artes visuais e cênicas, artesanato, audiovisual, arquitetura, cultura e lazer, pesquisa e desenvolvimento, publicidade e propaganda, tecnologia da informação e comunicação são áreas que compõem a economia criativa, que abrange os ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços. Na avaliação de especialistas, a economia laranja constitui “um front de promoção de desenvolvimento”. Cultura gera renda, gera emprego, gera inclusão, gera desenvolvimento e, acima tudo, futuro. Trata-se, portanto, de um vetor de aceleração da economia do país. 

 
Não faltam exemplos de empresas que têm base na economia criativa: Netflix (NFLX), que promoveu uma nova forma de consumir filmes e séries; Uber, com um novo jeito de se locomover; Ifood, que revolucionou o delivery de comida; e Spotify, que virou a indústria fonográfica de cabeça para baixo.

Um levantamento feito pelo Observatório Itaú Cultural (que aborda desde o terceiro trimestre de 2020 até o terceiro trimestre de 2021) aponta que foram criados em torno de 868,3 mil empregos no país no período. A pesquisa mostra, também, que 63% dos trabalhadores da economia criativa contam com trabalhos formais, e 37% deles são informais. 

Os setores que mais cresceram foram de tecnologia da informação e editorial; o que menos cresceu foi o de museu e patrimônios. Nos últimos dois anos, com a pandemia da Covid, áreas de tecnologia da informação e desenvolvimento em áreas como as de games e e-commerce tiveram um forte crescimento no período. 

Desafios da economia criativa

Ao mesmo tempo em que traz a possibilidade de novas culturas e diversidade por chegar a muitos segmentos, a economia criativa ainda enfrenta muitos desafios, em razão da falta de investimentos e incentivos, além de uma séria crise econômica, cujos impactos atingem o setor sociocultural, por exemplo.

Mão de obra

Dentro do setor da economia criativa, cada vez menos pessoas são registradas como trabalhadores formais. Um tipo de contratação mais difundido entre os profissionais da indústria criativa são as pessoas jurídicas. Segundo a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), para cada cinco empregados formais criativos, existe uma pessoa jurídica que trabalha formalmente com criatividade. Esse volume é bem superior ao do total da economia brasileira — em que a relação é de 18 empregados para apenas um PJ, conforme dados de 2017.

Chamado de “pejotização”, esse fenômeno é baseado em um regime em que não há nenhum vínculo empregatício entre empregador e empregado. Isso gera menor custo para a empresa, mas, por outro lado, maior flexibilidade para o trabalhador.

Com menos impostos a pagar para o governo, essas empresas conseguem proporcionar remunerações mais altas. Já o profissional, porém, tem menos direitos trabalhistas e perde diversos benefícios de estabilidade associados à CLT. 

Portanto, investir em um plano de previdência privada para garantir uma renda complementar à do INSS na aposentadoria é um excelente caminho para planejar o futuro e ter uma poupança no longo prazo. O Família Previdência conta com planos para quem é autônomo e opções para a previdência corporativa. 

Demanda por profissionais

Com o mundo cada vez mais digitalizado, a demanda por profissionais da indústria criativa tem aumentado, principalmente quando se observa a busca por profissionais de tecnologia.

Segmentos tradicionais, como varejo e serviços, têm sido cada vez mais impactados pela digitalização. Se antes as pessoas costumavam realizar vendas por meio de contato físico, atualmente diversos sites e produtos digitais têm facilitado a vida dos consumidores.

Futuro das profissões

A economia criativa não é só o futuro de muitas profissões, mas também o presente dos negócios, proporcionando formas diferentes de fazermos coisas que estamos acostumados no nosso cotidiano, mudando os nossos hábitos e, a longo prazo, moldando o comportamento de uma geração.

Além de valorizar o empreendedorismo local e ser fonte de renda e oportunidades, a economia criativa também abre novas oportunidades e faz com que muitos profissionais descubram habilidades e competências. Afinal, reinventar-se em meio a tantas transformações é fundamental em um mundo que rapidamente se transforma.


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