O brasileiro tem uma nova relação com o dinheiro?

Pandemia modificou a forma como os brasileiros lidam com o dinheiro

Postado em: 20/12/2021

Demissões, corte nos salários, menor demanda, auxílio do governo e aumento de preços. Diante de um cenário de crise e com os efeitos da pandemia da Covid-19, a forma de o brasileiro se relacionar com o dinheiro mudou. A análise foi feita com as respostas de 2 mil pessoas em todo o país, além de grupos focais com especialistas em finanças.

O Estudo “Dinheiro Tabu”, feito pela consultoria Box 1824 e pelo Itaú Unibanco, mostra que 76% dos brasileiros estão tentando evoluir nesse assunto. A importância de se organizar e guardar dinheiro foi ressaltada na pandemia para 86% dos entrevistados.

Os mais jovens passaram a olhar com mais carinho para a ideia de formar uma reserva extra, uma vez que a crise era algo distante. Já as pessoas com 40 anos ou mais costumam ser mais precavidas e preocupadas em ter um dinheiro guardado. Em todos os segmentos, as rotinas mudaram e uma preocupação com o consumo consciente e com o controle das despesas ficou evidenciado, pois a crise ainda não deu sinais de arrefecimento.

Aumentou, também, o interesse por conteúdos de educação financeira: com a pandemia, 52% dos entrevistados buscaram mais informações sobre a temática. O número de influenciadores digitais falando sobre investimentos e qualificar o gasto também motivou a atenção para essa pauta.

Sobre a satisfação dos brasileiros em lidar com o próprio dinheiro, a nota foi de 7,1 – em uma escala de 0 a 10. Além disso, o tema, que sempre era motivo de preocupação e de receio, passou a ser falado com pessoas próximas por sete em cada dez entrevistados. Antes, eles disseram preferir nem olhar porque achavam “estar fazendo algo errado”.

O levantamento mostrou, ainda, a existência de quatro tipos de perfis sobre a relação com o dinheiro, sinalizando diferentes estágios da jornada de consciência do brasileiro com as finanças. Confira:

• Alienados (5%) – Ignoram e negam o dinheiro
• Incomodados (28%) – Lutam contra o dinheiro
• Motivados (48%) – Buscam lidar melhor com o dinheiro
• Plenos (19%) – Têm habilidade com o dinheiro

O ponto fundamental do estudo está no direcionamento de como as pessoas estão buscando melhorar suas relações com o dinheiro e como as instituições financeiras podem ajudar neste processo de conscientização. Para além de oferecer o produto correto, é importante mostrar que decisões financeiras equilibradas garantem a conquista de objetivos pessoais e de reservar um dinheiro extra para enfrentar uma situação de emergência ou guardar para o futuro da sua família.