O mercado Pós-Covid-19. O que esperar? - Família Previdência

O mercado Pós-Covid-19. O que esperar?

Qual será o impacto econômico do coronavírus e como será a recuperação da economia brasileira quando tudo isso passar?

Postado em: 27/05/2020

Enquanto os países do mundo inteiro lutam para cuidar da saúde das suas populações, evitar que a economia entre em colapso é o desafio dos economistas. Diante do cenário de incertezas causado pela pandemia do novo coronavírus, fazer previsões econômicas sobre quanto tempo a crise perdurará e de que maneira sairemos dela é muito difícil, mesmo para os investidores mais experientes.

No Brasil, a indústria e o comércio estão funcionando em ritmo muito lento, e há quase unanimidade de opiniões de que o país entrará em recessão ainda neste ano. O único setor que deve ser menos afetado é o agronegócio, que representa 25% do Produto Interno Bruto (PIB).

Com o motor da economia andando em marcha lenta – apenas os serviços essenciais funcionam –, o governo busca evitar o colapso por meio de algumas medidas: injetar liquidez no sistema financeiro para facilitar o acesso ao crédito, adiar a cobrança de impostos para as empresas e oferecer ajuda financeira a famílias e trabalhadores são algumas dessas providências emergenciais.

Contudo, por se tratar de uma doença até o momento desconhecida, não há tempo hábil para pesquisadores encontrarem uma solução antes que a economia seja abalada. Isso significa que os cuidados preventivos serão longos, assim como os efeitos da pandemia. Por isso, enquanto ela perdurar, a produção, o consumo e demais aspectos que impactam na economia continuarão a ser afetados.

Assim, mesmo com as Bolsas de Valores mantendo-se operando, o setor da macroeconomia aponta que irá demorar para o mercado financeiro voltar ao seu funcionamento normal.

Por esse motivo, analistas de todos os setores estão trabalhando com uma expressão que representa o que se espera como natural daqui para frente: novo normal.

Mas, então, qual será o novo normal para a economia e os investimentos?

Recuperação da economia brasileira

Há quase uma unanimidade entre os analistas: o estrago econômico no ano de 2020 é um fato. O que não sabemos ainda é o grau de intensidade, a velocidade e, como dissemos anteriormente, a duração da crise.

Por experiência de outros países que já alcançaram o pico da pandemia, a retomada será lenta, mas ainda não é possível saber qual o modelo da curva de recuperação que teremos no Brasil: se em V (queda rápida, recuperação igualmente rápida), em U (queda rápida e recuperação um pouco mais lenta) ou em L (queda rápida e certa estagnação antes de recuperação no longo prazo).

A única constante nessa sopa de letrinhas é a queda abrupta. O que virá após, ainda é incerto, porém há um consenso entre os economistas que acelerar a retomada exigirá políticas públicas que precisam ser assertivas, tanto na recuperação dos empregos, na retomada do consumo, na concessão de crédito e financiamento, quanto diretamente, através do incremento do chamado PIB público.

Se preparar desde já para surfar a onda da recuperação

Entre os especialistas, duas certezas conduzem a questão relacionada ao comportamento da economia para o momento pós-Covid-19: haverá queda neste ano e também haverá crescimento em 2021.

Projeções dão conta de uma queda do PIB na faixa de 5% em 2020, e o início da recuperação a partir de 2021, com alta prevista entre 3,5% e 4,7%. Claro, para se concretizar esses índices, ainda dependemos de uma série de variáveis, tanto da retomada econômica quanto das políticas de saúde.

Outro ponto destacado pelos especialistas é que haverá forte heterogeneidade no comportamento dos diferentes segmentos empresariais. Em outras palavras, enquanto alguns setores serão fortemente atingidos, algumas áreas não terão tantos efeitos da pandemia. O segmento de serviços, por exemplo, que representa 63% do PIB brasileiro, é o que apresenta menor preocupação, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas.

Aos investidores, é importante entender essa “setorização”, para saber onde investir hoje para lucrar a partir de 2021. O fato é inegável: a crise gera oportunidades. Basta enxergá-las.

E os investimentos em tempos de pandemia?

Evidentemente, como já abordamos em nosso blog, no artigo Previdência Privada: meu investimento sofre algum risco por causa do coronavírus?, a crise provocada pela pandemia afeta o comportamento da economia em todo o mundo, e não é diferente aqui no Brasil.

No entanto, quem investe com perspectiva de longo prazo não deve se abalar por turbulências de curto prazo como esta, com retomada esperada já a partir do ano que vem. Logo, o investidor deve manter sua visão de longo prazo, sem se assustar com instabilidades que exigem atitudes de quem pensa de forma imediatista.

Para estes investidores de longo prazo, a crise passageira abre oportunidades, pois, quando os investimentos estão em baixa, esse é o melhor momento para adquirir ativos. Isso porque, você adquire cotas de investimentos por um preço bem mais baixo e depois, quando tudo voltar ao normal, a rentabilidade dessas cotas será muito maior.

Em momentos de volatilidade como este, os mercados sempre darão oportunidades para realização de bons investimentos em ativos subavaliados aos investidores com horizonte de longo prazo, e o Família Previdência segue atento a essas oportunidades.


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