Quem nasceu depois dos anos 80 não terá previdência pública
A previsão é de Eduardo Baer, fundador do app DogHero, em entrevista ao podcast UOL Líderes.
Postado em: 14/02/2020
A geração que nasceu depois dos anos 80 não deverá ter aposentadoria pública, apesar de o Congresso Nacional ter aprovado a Reforma da Previdência. Em entrevista ao podcast UOL Líderes, do portal UOL, Eduardo Baer, cofundador do app iFood e, atualmente, fundador e CEO do app DogHero, de cuidados com animais, diz que uma nova discussão sobre a Previdência pública deverá ser retomada daqui a uns cinco anos e sugere que as pessoas façam uma previdência privada como forma de se precaver da iminente falência da Previdência Social.
A declaração de Baer é polêmica, pois o Brasil acabou de sair de uma Reforma da Previdência, e mexe com o futuro da atual geração de trabalhadores na ativa. Mas a afirmação não pode ser negligenciada, uma vez que especialistas em previdência já declararam que uma nova reforma da Previdência Social precisará ocorrer em 20 anos.
Isso mesmo! Segundo um grupo de especialistas em previdência, embora o Brasil tenha recém-aprovado a mais ampla mudança nas suas regras de aposentadoria, o País continuará convivendo com o envelhecimento da população e a redução no número de jovens, o que compromete o sistema atual em que trabalhadores ativos financiam os benefícios de quem já se aposentou.
Com essa realidade, a Reforma feita garante apenas uma sobrevida ao atual sistema de Previdência Social, como estima o economista Paulo Tafner, um dos maiores especialistas em previdência do País, em entrevista ao portal UOL:
"Temos a percepção de que, daqui para frente, a discussão continua, e a gente tem de partir para um novo sistema".
Dados sobre a Previdência Social no Brasil
Como já trouxemos lá atrás, no artigo Reforma da Previdência: o que muda na prática e como se planejar, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a população brasileira envelheceu nos últimos anos, chegando a 30,2 milhões de idosos acima de 60 anos em um universo de 207 milhões de brasileiros.
O aumento da população idosa é reflexo da melhora da qualidade de vida, o que faz com que os brasileiros vivam mais. Ao viver mais, a expectativa de vida pressiona a previdência social, pois são menos brasileiros contribuindo e mais recebendo do INSS e por mais tempo.
Assim, o efeito mais visível do envelhecimento médio da população brasileira recai sobre a previdência social, que coleciona déficits atrás de déficits, ano após ano.
A solução? Uma reforma das regras de aposentadoria que leve em consideração esse envelhecimento médio da população e reequilibre as contas, a fim de tornar a Previdência Social superavitária.
De acordo com dados de projeção do IBGE, em 2040, ano-limite em que os especialistas preveem que seja necessária outra Reforma da Previdência, pela primeira vez o número de idosos acima de 65 anos superará a quantidade de jovens de até 14 anos (17,42% de idosos x 16,80% de jovens), e a pirâmide etária terá uma profunda mudança em relação à atual:
Dados da Previdência Privada no Brasil
Conforme informação da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), 13,3 milhões de pessoas investem em previdência privada no País, ou seja, 6,33% da população brasileira.
Os aportes em planos de previdência privada totalizaram, no terceiro trimestre de 2019, R$ 34,2 bilhões, e os valores são 35,4% superiores em relação ao terceiro trimestre de 2018, o que mostra que os brasileiros vêm ampliando os seus investimentos em Previdência Privada.
Crescimento da Previdência Privada no Brasil
Principalmente após a aprovação da Reforma da Previdência e da consequente incerteza de poder contar com o INSS para se aposentar, o brasileiro começou a ter mais consciência da importância de fazer a sua parte a fim de garantir o próprio sustento lá no futuro.
Por esse motivo, a previdência privada passou a ser considerada como uma ferramenta necessária a todos os trabalhadores que queiram manter um padrão de vida após a aposentadoria, sem ter que viver de bicos pelo resto da vida.
Essa nova perspectiva para o trabalhador brasileiro faz com que somente no primeiro semestre de 2019, no Rio Grande do Sul, tenha havido um aumento de mais de 15% na procura por planos de previdência privada, segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg).
E mais: estimativas da consultoria especializada Mercer indicam que a mudança nas regras de aposentadoria levará, até 2025, à adesão de mais de 4 milhões de brasileiros à previdência privada, um acréscimo de 25% no número de pessoas que investem em previdência complementar, saltando dos atuais 16 milhões para mais de 20 milhões de brasileiros.
Previdência Privada: Faça uma simulação
Com as incertezas sobre o futuro advindas com a Reforma da Previdência, prever como estaremos daqui a 20 ou 30 anos é uma tarefa difícil. O melhor a fazer é estar preparado e não ficar só dependendo do INSS.
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