Taxa Selic em 2% - Como o Família Previdência está lidando com isso?
A menor taxa básica de juros da história é sinônimo de rendimentos mais baixos em títulos de Renda Fixa.
Postado em: 09/09/2020
Tempo de leitura: 8 minutos
A Selic, sigla para Sistema Especial de Liquidação e Custódia, ou simplesmente Taxa Selic, é a taxa básica de juros da economia brasileira. A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne para, entre outras coisas, avaliar as metas econômicas e, assim, manter, aumentar ou diminuir a Taxa Selic. Na última reunião, em agosto de 2020, por exemplo, o Copom decidiu por reduzi-la e a definiu em 2% ao ano.
A Taxa Selic é um indicador que influencia praticamente toda a economia brasileira e, claro, afeta diretamente todas as outras taxas de juros, como as cobradas em empréstimos, financiamentos e até mesmo de rentabilidade em investimentos financeiros, como a da previdência privada.
Para você que já é cliente do Família Previdência ou para quem está cogitando contratar um de nossos planos, a Taxa Selic importa muito e impacta nos rumos que terá a sua previdência privada neste ano de 2020. E mais: para quem investe em Renda Fixa, como a poupança, ela acende um sinal de alerta quanto aos rendimentos que tendem a ficar negativos, ou seja, perderem valor frente à inflação. Isso acontece porque a Renda Fixa é composta, basicamente, por títulos públicos, os quais têm seus rendimentos atrelados à Selic.
Quais investimentos são afetados pela Taxa Selic?
Considerando que a Taxa Selic tem forte influência na taxa de remuneração de diversos investimentos, qualquer mudança na Selic impacta a rentabilidade desses produtos financeiros. São eles: Títulos do Tesouro Direto (Tesouro Selic), Caderneta de Poupança e Investimentos de Renda Fixa.
O Tesouro Selic é um título público cuja rentabilidade está indexada à Taxa Selic. Quando a Selic é reduzida, também fica menor a rentabilidade do título – e o mesmo vale para a situação contrária: um aumento na Selic torna os títulos públicos mais vantajosos.
A Poupança, o investimento preferido por 89% dos brasileiros, também sofre muito os efeitos das mudanças na Selic. Isso porque seu rendimento, por definição, está atrelado à taxa. Se a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, a Poupança rende 0,5% sobre o valor depositado + Taxa Referencial (que atualmente é zero). Se a Selic estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a Poupança rende 70% da Selic + Taxa Referencial. Ou seja, com a Selic em 2%, a rentabilidade da poupança diminui – e muito –, perdendo até mesmo para a inflação. Ou seja, não compensa.
E os investimentos de Renda Fixa? Mudanças na Taxa Selic impactam o CDI, um dos índices de rentabilidade mais usados por investimentos de Renda Fixa. Quando a Taxa Selic diminui, o CDI também fica mais baixo. CDBs, LCIs, LCAs, LCs são os investimentos mais comuns que usam o CDI como indicador de rentabilidade. Esses investimentos terão sua remuneração afetada sempre que houver mudanças na Taxa Selic.
Como a previdência privada é afetada pela Selic?
Todo plano de previdência privada é formado por carteiras de fundos de investimento. Basicamente, a gestora do seu plano pega o seu dinheiro e reinveste no mercado financeiro na busca por rentabilidade que, depois, é repassado a você em forma de rendimentos. A definição entre quais serão os investimentos escolhidos para fazer a sua previdência privada render fica a cargo de um comitê de investimentos que estuda os mercados permanentemente.
Então, dentro das possibilidades existentes, o comitê de investimentos harmoniza um certo percentual em Renda Variável – com mais possibilidade de rentabilizar, porém, também com maiores riscos – e outro percentual em Renda Fixa – que rentabiliza menos, mas confere mais segurança ao seu dinheiro. O que define quanto do seu dinheiro irá para a Renda Variável e quanto para a Renda Fixa são as oportunidades de rentabilizar vislumbradas pelo comitê e, claro, a visão de longo prazo, que é sempre levada em consideração para a previdência privada.
Conforme explica o Gerente de Investimentos da Fundação Família Previdência, Bernardo Baggio, “quando falamos de um plano de previdência privada, não estamos falando do que acontecerá na economia no próximo mês, semestre ou ano, mas sim de um período que pode durar décadas! Sendo assim, o atual contexto de juro baixo traz um desafio ainda maior aos gestores de investimentos, mesmo que todo investimento realizado por eles seja projetado para o futuro e não para o momento”.
Como o Família Previdência está atuando com a Selic a 2% ao ano?
Quem explica isso é o nosso Gerente de Investimentos, Bernardo Baggio:
“O portfólio de investimentos da Fundação Família Previdência é diversificado e extremamente monitorado pelo Comitê de Investimentos da Fundação. O fato de estarmos vivendo uma taxa básica de juro de 2% ao ano em nada muda o princípio da boa análise, tomada de risco controlado e alocação de longo prazo. A taxa de juros baixa torna o cenário mais desafiador para as entidades de previdência, na medida em que dificulta a capitalização dos recursos previdenciários. Para fazer frente a essa realidade, a Fundação Família Previdência tem buscado diversificar seu portfólio de investimentos, buscando adaptar-se ao momento atual, optando por ativos com uma melhor relação risco versus retorno.”
“Na busca de retorno, um dos investimentos com maior evidência são os investimentos em ações. A Fundação Família Previdência detém aproximadamente R$ 1,3 bilhão em investimentos em Renda Variável através de Carteira Própria de Ações e de Fundo de Investimentos Exclusivos. O segmento de renda variável representa aproximadamente 19% do patrimônio da entidade. Estratégias complementares também são adotadas, sempre com o mais alto nível de governança coorporativa na tomada de decisão, envolvendo Comitê de Investimentos, Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo”, conclui Baggio.
O que o investidor da previdência privada pode fazer para rentabilizar mais?
Mais uma vez, nosso Gerente de Investimentos responde: “Uma boa maneira de aumentar a rentabilidade de sua previdência privada é aproveitar estes momentos em que a cota esteja desvalorizada para realizar maiores aportes”.
Conforme explica Baggio, “existe a correta – em parte – afirmação de que correr mais risco nos investimentos é sinônimo de maior retorno. O que normalmente não se ouve é que assumir maiores riscos na busca de maior retorno pode nos trazer, justamente, o que não estamos perseguindo: maior prejuízo. Por isso, a Fundação Família Previdência assume apenas riscos controlados e monitorados. Cada um dos planos de previdência administrados pela Fundação (entre os quais, os planos Família Previdência Associativo e Família Previdência Corporativo) é submetido a diversos modelos de estresse que mensuram o ‘apetite’ ao risco de cada plano”.
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