IR 2021: veja o que o Governo quer mudar e como abater até 12% com a Previdência Privada - Família Previdência

IR 2021: veja o que o Governo quer mudar e como abater até 12% com a Previdência Privada

Quais são as principais mudanças planejadas pelo Fisco para o acerto de contas com o Leão em 2021?

Postado em: 15/10/2020

Tempo de leitura: 6 minutos

O debate acerca da Reforma Tributária recém começou no Congresso Nacional, mas já se pode prever as possíveis alterações nas regras do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para o ano de 2021. As alterações propostas pelo Governo Federal estão relacionadas nos projetos da reforma enviados pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional no final do mês de julho.

Imposto de Renda existe desde 1992 e tem como objetivo fazer a cobrança da tributação de todos os brasileiros. As cobranças vão de acordo com as regras feitas pela Receita Federal. Portanto, a declaração contém todos os bens adquiridos no ano anterior por pessoas físicas ou jurídicas. É feita anualmente e entregue ao governo que acompanha a evolução do patrimônio do contribuinte.

Fim das deduções com saúde e educação

De acordo com a nova proposta, a ideia é estabelecer medidas para reformular o Imposto de Renda de Pessoa Física. A proposta envolve, então, a redução do percentual do Imposto de Renda de Pessoa Física. Ela atinge, hoje, o percentual máximo de 27,5%. Apesar dos números finais ainda não terem sido calculados, acredita-se que os percentuais anuais deverão ficar entre 23% e 25%.

A redução só será possível graças a outra medida que está em análise desde 2019, referente ao corte das deduções médicas e educacionais realizadas por pessoas físicas nas declarações anuais de ajuste do IR.

Essa revisão deve atingir aqueles que costumam deduzir gastos com saúde e educação na sua declaração anual. A dedução se refere à quantia abatida na base do cálculo durante a declaração. Assim, diminuem o pagamento de imposto e podem garantir a restituição do dinheiro.

A princípio, os contribuintes que arcam com mensalidades de escolas e universidades e que possuem convênios de planos de saúde, poderiam descontar do seu imposto esse valor. Os gastos de formação estão relacionados a pagamentos de creches, faculdades, escolas em qualquer nível de ensino e cursos de pós-graduação ou especialização técnico e profissional.

Alterações no Imposto de Renda em 2021

De maneira resumida, são três grandes alterações propostas pelo Governo Federal nas regras do Imposto de Renda para o ano de 2021:

1) As alíquotas máximas do imposto passariam de 27,5% para 25%. Além disso, o Governo também deseja criar outras faixas salariais para a formação do cálculo.

2) Atualmente, estão isentos do Imposto de Renda os contribuintes com renda mensal de até R$ 1.903,98. Segundo o governo, existe o desejo de subir a faixa de isenção para aqueles que ganham até R$ 3 mil mensais. A atualização da tabela e as novas faixas de renda ainda estão em estudo pela equipe econômica. Se esta previsão se concretizar, passariam a ser isentos os contribuintes com renda mensal de até R$ 3 mil.

3) Também está prevista a criação de um percentual maior para os mais ricos. Além disso, retomar a cobrança da contribuição sobre a distribuição de lucros e dividendos para as pessoas físicas.

Segundo o Sindifisco, sindicato nacional dos fiscais da Receita Federal, de acordo com a inflação de cerca de 2,31% no ano anterior, a defasagem da tabela atinge, atualmente, 103,87%. Com o aumento da faixa de isenção, cerca de 10 milhões de contribuintes deverão ficar isentos.

Mudanças não afetam dedução de 12% com a Previdência Privada

Apesar do Governo Federal apertar aqueles que deduzem gastos com saúde e educação do Imposto de Renda, o mesmo não está previsto para quem deduz até 12% com Previdência Privada.

A proposta apresentada pelo Governo não altera a legislação vigente neste quesito. Portanto, as contribuições a planos de Previdência Privada seguirão sendo dedutíveis da base de cálculo do Imposto de Renda até o limite de 12% da renda bruta anual, mas somente para quem faz a declaração completa.

Neste caso, se as suas contribuições ficam em torno de 8% a 10% da renda, o participante ainda pode investir entre 4% e 2% a mais no plano para chegar ao limite de dedução de 12%. Além de pagar menos imposto, ele ainda investe mais dinheiro para o futuro.

Porém, os aportes precisam ser feitos até a data-limite, no fim de 2020, pois as deduções vão valer somente sobre os valores investidos no ano anterior à declaração de ajuste. Assim, o participante terá mais recursos para usufruir no futuro e ainda abaterá um bom valor no cálculo do imposto devido em 2021.


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