Selic e previdência privada: como a taxa impacta seus investimentos
Entenda como as mudanças na Selic podem gerar impacto na previdência privada
Postado em: 25/01/2023
Desde março de 2021, o Banco Central iniciou um processo de aumento da taxa Selic — considerada a taxa básica de juros da economia brasileira e o principal instrumento para controlar a inflação. A partir daí, iniciou-se um processo de aumento desse indexador, saindo de 2% (patamar mais baixo da história) para 13,75% ao ano.
Mas o alcance da Selic vai além: ela influencia todas as taxas de juros do país, como empréstimos, financiamentos e aplicações. A taxa Selic funciona como um medicamento que visa reduzir os efeitos de uma doença crônica, como uma febre recorrente, sendo a inflação uma metáfora para a febre. Neste exemplo, quanto maior a febre, maior a dosagem do medicamento se faz necessário para reduzi-la, ou seja, quanto maior a inflação maior tende a ser a taxa Selic imposta pelo Banco Central para que a economia retome uma tendência de estado “saudável”.
Em um cenário de inflação global alta como o atual, analistas estimam que os juros não caem tão rapidamente. Com isso, 2023 pode ser mais um “ano da renda fixa”, pois as taxas de juros tendem a permanecer mais altas por mais tempo.
Se esse movimento faz com que os empréstimos fiquem mais caros, os investimentos em renda fixa de curto prazo tornam-se mais atrativos. Muitos deles têm seus rendimentos atrelados à Selic e, portanto, quanto mais alta a taxa fica, mais eles rendem. Porém, não são todos os investimentos de renda fixa que tendem a render mais quando a Selic está em tendência de alta.
Como as mudanças na Selic podem gerar impacto na previdência privada? Para saber mais sobre a taxa, siga a leitura do nosso artigo.
Afinal, o que significa Selic?
O nome da taxa Selic vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, administrado pelo Banco Central. Nele, são transacionados títulos públicos federais. A taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados nesse sistema corresponde à taxa Selic.
O que a previdência privada tem a ver com a Selic?
Ao contrário da poupança tradicional, a Selic tem um impacto indireto sobre a previdência privada. A maior parte dos planos de previdência privada tem seus recursos alocados em títulos da dívida pública com vencimentos de longo prazo. Estes títulos remuneram taxas reais (ou seja, além do retorno da taxa de juros de mercado, é adicionada a variação da inflação para garantir a manutenção do poder de compra do dinheiro no passar do tempo) que são determinadas pelas expectativas do mercado, diferentemente da Selic, que é determinada pelo Banco Central através do Comitê de Política Monetária - COPOM.
Normalmente, quando a Selic sobe, os resultados dos investimentos de longo prazo tendem a piorar. A piora não se dá somente pelo aumento direto da Selic, mas pela inflação corrente mais elevada que costuma gerar o aumento da Selic como um “freio” na atividade econômica do país.
Voltando ao exemplo da “pessoa doente”, os investimentos de longo prazo tendem a refletir a expectativa dos investidores em relação à dose necessária de medicamento para “curar a doença”. Se a elevação da Selic consegue corrigir o problema da inflação, a expectativa do futuro da economia por parte dos investidores se torna mais positiva, ocasionando, possivelmente, retornos positivos para os investimentos de longo prazo.
Quando a Selic está em tendência de queda, significa que, provavelmente, a inflação está relativamente sob controle ou próxima de estar, nesse caso, opta-se por “reduzir a dose do medicamento”.
Importante lembrar que não se deve tentar achar a hora certa de investir em um plano de previdência privada, pois o principal fator favorável na acumulação de patrimônio é o tempo. Comprovadamente não é possível identificar e acertar qual é o melhor momento, afinal, o futuro é imprevisível.
Por outro lado, o aumento da Selic irá remunerar melhor aquela reserva mantida para emergências ou economias para planos de curto prazo.
A previdência privada é um excelente caminho para construir uma reserva financeira a fim de complementar a aposentadoria do INSS, por exemplo.
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Vantagens de investir em previdência privada
Além do cenário que pode alavancar a rentabilidade da previdência privada, outra vantagem para o investidor é a possibilidade de abater o valor no Imposto de Renda até o limite de 12% dos rendimentos brutos tributáveis. Neste caso, a declaração anual do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) deve ser feita utilizando o modelo completo.
E aí, conseguiu entender como a Selic afeta a previdência privada e como essa taxa funciona?
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