Compare as vantagens, desvantagens e rendimentos de cada investimento (Parte 2) - Família Previdência

Compare as vantagens, desvantagens e rendimentos de cada investimento (Parte 2)

CDB, Tesouro Direto, Tesouro Selic? Afinal, onde devo investir?

Postado em: 30/01/2019

Agora, sim. Vamos dar continuidade ao artigo que publicamos na última semana falando dos principais investimentos que o brasileiro utiliza, onde abordamos a Caderneta de Poupança e a Previdência Privada. Agora, falaremos do CDB, do Tesouro Direto e do Tesouro Selic.

 

O que é o CDB?

CDB é a sigla de Certificado de Depósito Bancário. Trata-se de títulos de renda fixa emitidos pelos bancos e corretoras para captação de divisas para empréstimos a terceiros.

A instituição emite o título, o investidor compra e recebe juros que podem ser prefixados ou pós-fixados, normalmente atrelados ao CDI, um índice de referência que segue de perto a Selic.

Em resumo, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) é uma taxa que lastreia as operações interbancárias (entre bancos). Sim, um banco costuma emprestar dinheiro ao outro com prazo para devolução de 24 horas. A taxa cobrada entre eles regula o mercado de renda fixa e de fundos de investimentos de renda fixa.

O rendimento do CDB varia conforme a corretora e o banco de investimentos. Há diferentes títulos com diversos vencimentos e formas de remuneração. Normalmente, quanto maior a duração da aplicação, maior a valorização oferecida pela instituição financeira.

Os CDBs prefixados têm percentual de valorização já estabelecido na hora da compra. No caso de um CDB prefixado de 10,6% ao ano, por exemplo, significa que um investimento de R$ 25.000,00 irá se transformar em R$ 27.650,00 depois de 12 meses (antes do desconto do Imposto de Renda de 17,5%).

Já os títulos atrelados ao CDI dependem dessa referência, que normalmente segue de perto a Selic. Em 2018, por exemplo, o CDI foi de 6,42%. Isso significa que um investimento que paga 100% do CDI se valorizou 6,42% em 2018.

Tomando como exemplo um título que paga 108% do CDI com prazo de 24 meses, um investimento de R$ 25.000,00 no início de 2016 teria uma valorização de 16,4% em dois anos e se transformaria em R$ 29.428,00 (antes do Imposto de Renda de 15%).

O Imposto de Renda no CDB (e em muitos títulos de renda fixa) é cobrado de acordo com uma tabela regressiva, que premia quem mantém o investimento por mais tempo. A alíquota máxima é de 22,5%, para aplicações inferiores a 180 dias, e a mínima, de 15%, para aplicações superiores a 720 dias (2 anos). Importante: o imposto incide apenas sobre a valorização (juros), e não sobre o total aplicado.

 

Vantagens e desvantagens do CDB

Entre as vantagens do CDB, estão o rendimento elevado para a renda fixa, a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, de até R$ 250 mil por pessoa e por instituição emissora (ou seja, é uma aplicação tão segura quanto a poupança), e valorizações competitivas até para o curto prazo.

Três das desvantagens do CDB são: a cobrança de Imposto de Renda, de 22,5% a 15% dos rendimentos, dependendo do tempo de aplicação; a grande quantidade de títulos com valorizações diferentes, que pode atrapalhar o investidor iniciante; o prazo de carência dos títulos, que varia bastante.

 

O que é o Tesouro Direto?

O Tesouro Direto consiste em um empréstimo do seu dinheiro para o governo. Em troca, você recebe uma rentabilidade anual, que funciona conforme o tipo de título.

Assim como qualquer investimento, o Tesouro Direto possui pontos positivos e negativos. Eles dependem de uma série de aspectos, tanto em termos financeiros quanto pessoais.

Investir no Tesouro Direto é muito simples e rápido: você só precisa ter acesso à internet e uma conta de uma instituição financeira. Diariamente, os títulos são disponibilizados em horários definidos para a compra e venda. Então, você investe no conforto da sua casa! Investir no Tesouro Direto é acessível a todas as pessoas. Hoje, com apenas R$ 30,00, você já se torna um investidor de títulos públicos.

O Tesouro Direto é considerado como um investimento de baixo risco. Isso porque ele é emitido pelo governo, que é o órgão máximo do país. Então, a possibilidade de quebra do Estado é muito pequena. Antes disso, todas as demais instituições financeiras teriam falido. O repasse dos rendimentos também é garantido pelo Governo. Assim, pode-se dizer que o Tesouro Direto é tão seguro quanto a poupança.

Os títulos públicos se tornaram uma das estrelas da renda fixa, principalmente por causa da rentabilidade. Com eles, você pode obter bons rendimentos sem abrir mão da segurança. Basicamente, o Tesouro Direto possui rentabilidade muito próxima a 100% do CDI.

 

Vantagens e desvantagens do Tesouro Direto

Uma das grandes vantagens de investir no Tesouro Direto é a liquidez diária. Isso significa que você pode solicitar o resgate do Tesouro Direto a qualquer momento.

Neste caso, o próprio governo faz a recompra dos títulos. E em apenas um dia útil, o dinheiro já estará disponível na sua conta. A liquidez diária permite que o Tesouro Direto seja flexibilizado a diversos objetivos de investimento, por exemplo, fundo de emergência, aposentadoria ou compra de um imóvel.

Todas as vantagens do Tesouro Direto possuem um custo, que são as taxas e os impostos. De acordo com o valor investido e o prazo de aplicação, eles podem comprometer boa parte dos lucros.

 

Tipos de Títulos do Tesouro Direto

Há dois títulos prefixados: o Tesouro Prefixado e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais. Esta categoria possui uma taxa fixa de rentabilidade, por exemplo, 12% ao ano. Assim, você irá receber os 12% todos os anos até a data do vencimento, independentemente das condições do mercado. Os prefixados costumam ser recomendados para quem acredita que os juros da economia irão cair no futuro. Outra finalidade é quando você precisa investir hoje para atingir um determinado valor até o vencimento. Com a taxa de rendimento fixa, no momento da compra, você já sabe exatamente o quanto irá resgatar no futuro.

Há dois títulos híbridos: o Tesouro IPCA+ e o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais. São títulos atrelados à inflação, e a taxa de rentabilidade é constituída por uma parte fixa e uma variável, por exemplo, 5,0% + IPCA. Assim, você sabe que o dinheiro investido renderá de forma fixa os 5,0%. Mas, como o IPCA está sujeito a variações ao longo do tempo, há momentos em que você receberá mais, em outros menos. De toda maneira, o Tesouro IPCA+ e o Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais oferecem ganho real ao investidor, ou seja, você ganha acima da inflação. Então, eles são ideais para quem quer proteger o dinheiro da desvalorização e manter o poder de compra no futuro.

 

O que é o Tesouro Selic?

O Tesouro Selic é o mais popular dos títulos do Tesouro Direto. É o único título público que possui a rentabilidade indexada à taxa Selic. Ele é um dos papéis mais conhecidos do Tesouro Direto, principalmente pela sua flexibilidade. Este ativo confere ao investidor o retorno de 100% da taxa Selic, ou seja, ele é como um investimento que paga 100% do CDI.

Outra vantagem do Tesouro Selic é a baixa volatilidade. Então, se você solicitar o resgate antes do vencimento, você geralmente não perde dinheiro. Sem contar que uma das características principais dessa categoria é que ele sempre rende de forma positiva, ou seja, o seu dinheiro cresce constantemente.

 

Vantagens e desvantagens do Tesouro Selic

Assim, com certeza, a maior vantagem do Tesouro Selic é sua versatilidade em relação aos outros investimentos de Renda Fixa. Ele é uma ótima opção para, pelo menos, 70% da população brasileira, especialmente as pessoas que são interessadas em investir, mas não sabem por onde começar por medo. Ou até para quem já investe, mas não tem muito conhecimento de mercado financeiro.

Porém, nem tudo são flores para aplicar em Tesouro Selic. Existem basicamente quatro gastos relacionados ao investimento, mas nem todos são obrigatoriamente cobrados:

IOF – o Imposto sobre Operações Financeiras é uma contribuição obrigatória, mas somente no caso de resgate do investimento nos primeiros 29 dias. A parir do início do segundo mês, qualquer resgate será isento desse imposto.

IR – o Imposto de Renda é tributado a qualquer momento que for realizado o resgate do seu investimento. Sua tributação é feita apenas sobre o valor rentabilizado, não no montante incluindo o valor da aplicação. Ele segue a tabela regressiva de tributação, igual à dos CDBs que mencionamos anteriormente, lembra?

Taxa de Custódia – essa taxa é cobrada obrigatoriamente pela CBLC – Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia –, a qual é um departamento da BM&FBOVESPA, sendo a custodiante de todos os títulos públicos do Brasil. Essa taxa é destinada para a guarda dos títulos; a manutenção do sistema do Tesouro Direto, e o envio de extratos mensais aos investidores.

Taxa de Administração – essa taxa pode ser cobrada pelas instituições financeiras e corretoras responsáveis pela transferência de valores e títulos, agindo como intermediário entre a plataforma do Tesouro Direto e o investidor. Além disso, são da responsabilidade dessas instituições o recolhimento do Imposto de Renda e a verificação da veracidade das informações cadastradas pelo investidor. Várias instituições não cobram mais essa taxa, porém algumas outras ainda cobram entre 0,1% e 2% ao ano (sendo muito desvantajoso dessa maneira).

 

Não poupe. Invista.

Agora que você já conhece alguns dos principais investimentos que tem à sua disposição no Brasil, vale comparar e decidir se a poupança é realmente a sua melhor opção.

Lembre-se que a inflação, por mais controlada que esteja, ela existe. Desse modo, o dinheiro que você fez ontem irá valer menos amanhã, sempre. Por essa razão, é essencial que você invista, visando manter o seu poder de compra e evitar que o seu dinheiro seja devorado pelo aumento da inflação. Mas este é apenas mais um de muitos motivos para começar a investir seu dinheiro agora mesmo. Você precisa saber o seu motivo, os seus objetivos, e começar já!

 

E se você optar pela Previdência Privada, nós, do Família Previdência, somos especialistas e estamos à sua disposição para auxiliar e esclarecer dúvidas.


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