Economia Prateada? Saiba mais sobre esse termo e por que é preciso prestar atenção neste mercado
Fatia de idosos no total da população brasileira é cada vez maior e empresas passam a valorizar o público sênior
Postado em: 25/08/2021
A participação dos idosos no total da população brasileira não para de crescer. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) contínua do IBGE, no fim de 2020 havia 39 milhões de pessoas no Brasil com 60 anos ou mais, o que representa 18,4% da população.
Em 10 anos, esse índice praticamente dobrou. Em 2010, o Censo Demográfico do IBGE registrou 20,5 milhões de idosos, cerca de 10,8% da população naquele ano.
O envelhecimento da população fez com que a economia prateada ganhasse força no país e no mundo. Você já ouviu falar sobre esse conceito e de que forma ele vem movimentando os negócios atuais? Não? Então nos siga aqui.
Afinal, o que é a economia prateada?
Segundo o Oxford Economics, a "silver economy" ou economia prateada – em alusão aos cabelos grisalhos da terceira idade – é a soma de todas as atividades econômicas associadas às pessoas com mais de 50 anos.
Representa, portanto, todos os produtos e serviços que este público mais sênior consome ou um dia irá consumir.
Quais são as oportunidades neste mercado?
As oportunidades são amplas e aumentam à medida que ocorre esse fenômeno do envelhecimento da população. Conforme a Harvard Business Review, o mercado da longevidade movimentou US$ 15 trilhões globalmente só em 2020.
Mesmo assim, as empresas têm demonstrado dificuldade de explorar este nicho. Estudo das consultorias Hype60+ e Pipe.Social, por exemplo, mostrou que 63% dos negócios estão concentrados nos millennials (pessoas nascidas entre os anos de 1981 e 1995).
O levantamento revela também que quatro em cada dez consumidores de 55 anos sentem falta de produtos e serviços voltados para eles, sendo o segmento de vestuário, calçados e acessórios o que mais desperta descontentamento.
Digital já faz parte do cotidiano dos mais velhos
Atualmente, graças aos avanços da saúde e da ciência, os maduros apresentam vidas mais longas, mais saudáveis e mais produtivas. Dessa forma, engana-se quem pensa que os seus gastos são todos voltados para a saúde. Cada vez mais, eles viajam, investem, namoram, empreendem e voltam às salas de aula.
A digitalização no seu dia a dia também já é uma realidade.
O percentual de pessoas com mais de 60 anos no Brasil navegando na rede mundial de computadores cresceu de 68%, em 2018, para 97%, em 2021, conforme demonstra a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas.
De acordo com o estudo, se informar sobre economia, política, esportes e outros assuntos (64%) é apontado como a principal motivação para se conectarem. Também utilizam a web para manter o contato com outras pessoas (61%) e buscar informações sobre produtos e serviços (54%).
Além disso, apontam o smartphone como principal meio de acesso (84%), seguido pelo notebook (37%) e computador desktop (36%).
Ainda segundo os dados da pesquisa, os aplicativos que os idosos mais usam no celular são as redes sociais (72%); de transporte urbano (47%); e bancários (45%). O WhatsApp é a rede social mais utilizada (92%), seguida do Facebook (85%) e Youtube (77%).
As compras on-line não ficam de fora para os idosos, sendo os eletroeletrônicos (58%), remédios (49%) e eletrodomésticos (47%) os produtos mais comprados.
Dicas para quem deseja empreender e atender aos mais maduros
1 - Não os generalize
Há uma diversidade e complexidade nessa fatia da população que precisa ser compreendida. Não os trate como homogêneos e respeite sua heterogeneidade. Dica: segmente diferentes perfis.
2 - Não os subestime
A nova terceira idade é bem informada e exigente em relação aos produtos e serviços que consome. Desse modo, equipes de atendimento devem estar preparadas e bem treinadas para resolver problemas complexos dos clientes.
3 - Descomplique
Pense em um design amigável e atrativo para os maduros, envolvendo letras grandes e cores fortes para facilitar a leitura, por exemplo. Além disso, simplifique processos e evite burocracias desnecessárias.
4 - Evite os estereótipos
Há inúmeros estereótipos relacionados aos idosos, que ressaltam aspectos negativos e fragilidades. Fique atento para não reforçá-los.
5 - Seja empático
Coloque-se no lugar deste público e procure sempre entender o seu cliente. Em resumo: ouça mais e fale menos.
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