Previdência Privada: a recuperação já está acontecendo! - Família Previdência

Previdência Privada: a recuperação já está acontecendo!

O que dizem os especialistas sobre as perspectivas econômicas e para os investimentos?

Postado em: 23/10/2020

Tempo de leitura: 8 minutos

Uma coisa, ninguém nega: o ano de 2020 vai ficar marcado na história e na memória das pessoas. A pandemia da Covid-19 colocou o mundo inteiro para dançar no seu ritmo, nunca se falou tanto em cuidados básicos com a saúde e tivemos que nos adaptar às pressas a essa nova realidade.

A pandemia mudou hábitos, formas de produzir e fez as economias balançarem fortemente. E ainda há o medo real de que uma ou mais novas ondas de contágio voltem a derrubar os mercados até que uma vacina eficaz nos permita retornar à normalidade.

Contudo, como avaliam os economistas, o pior parece já ter passado, lá pelos meses de abril e maio, e agora o mundo tende a retomar seu ritmo de produção.

Prova disso é que, a partir de junho, os investimentos reagiram e ganharam mais ritmo, e a Fundação Família Previdência bateu um recorde histórico no mês de julho com rentabilidade de 2.660% do CDI.

Recuperação gradual da economia

Como vemos, a recuperação econômica está no horizonte em todo o mundo, e no Brasil, não é diferente. No entanto, nossa economia ainda depende de encaminhar algumas questões importantes para que possa, finalmente, decolar.

Conforme apresentou o blog Valor Investe, do jornal Valor Econômico, um dos principais veículos jornalísticos de economia e negócios do país, projeções apontam para uma retomada do consumo em 2021, com uma leve pressão inflacionária que fará com que o Banco Central concentre sua estratégia em atingir a meta de inflação e, assim, aumente a taxa básica de juros a partir do segundo semestre do ano que vem, o que impacta diretamente sobre a rentabilidade dos investimentos.

A avaliação do economista Juan Jensen, sócio da 4E Consultoria, em entrevista ao blog Valor Investe, é que a taxa Selic finalize o próximo ano em 4,5%, o que poderia representar uma rentabilidade ainda maior para os investimentos de renda fixa e, por consequência, para os fundos de previdência privada.

Uma visão “cautelosamente otimista”

Conforme avalia o Gerente de Investimentos da Fundação Família Previdência, Bernardo Baggio, “com relação à Taxa Selic, no contexto atual, não acreditamos que haverá significativas altas em um horizonte de curto prazo”.

Para Baggio, a recuperação da economia brasileira ainda carece de solucionar algumas outras questões além da pandemia da Covid-19: “No âmbito local, o Brasil sofreu com a pandemia e sofre ainda mais pela necessidade de reformas administrativa e fiscal que caminham a passos lentos em Brasília. Os desalinhos dos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – trazem insegurança e cautela ao empresariado que, na dúvida, não contrata, não investe e não faz a roda da economia girar. Desta forma, temos uma visão cautelosamente otimista com o Brasil, sob a ótica de oportunidades em diversos segmentos da economia. Resta saber se faremos nosso dever de casa”, avalia Baggio.

Baggio prevê que “2021 ainda será um ano de plantio e não de colheita. A cortina de fumaça ainda está posta, trazendo ao curto prazo uma volatilidade e incerteza maior e é neste contexto que 2021 se encaixa por ora. Aos investidores de longo prazo, esta pode ser uma ocasião interessante para novos aportes, com oportunidades que apenas as crises podem proporcionar”.

Importância da visão de longo prazo

Para Juan Jensen, o estímulo monetário ainda irá continuar elevado por alguns meses, incluindo todo o segundo semestre de 2020 e o começo de 2021, e que o processo de normalização começará aos poucos mirando as metas de inflação de 2023: “Entendemos que, com a normalização da atividade, alguns preços de serviços também devem voltar. É um quadro que daqui a oito ou nove meses vai estar muito diferente”, explica o economista.

Para um horizonte ainda mais longo, Jensen afirma que “talvez uma Selic de 6% ou 6,5% seja patamar neutro”. Atualmente, a 4E trabalha com inflação de 1,6% em 2021, 3,8% em 2022 e 3% em 2023, enquanto o PIB deve ter contração de 5,6% neste ano, com recuperação de 3,9% em 2021 e 2,1% em 2022.

Conforme explica nosso Gerente de Investimentos, Bernardo Baggio, “o impacto de um ambiente econômico, político e sanitário conturbado é negativo no curto prazo. O ano de 2020 é retrato desta situação. A relação muda quando o investidor, através de uma previdência privada, faz aportes mensais com vistas ao longo prazo, e é neste momento que o risco de curto prazo pode se tornar um excelente momento para investimentos”.

E a minha previdência privada com isso?

Em setembro, nós já havíamos publicado um artigo em que abordamos a conjuntura econômica pós-Covid-19 e, em especial, a influência da Taxa Selic baixa nos investimentos em previdência privada.

Na ocasião, Bernardo Baggio afirmava: “O portfólio de investimentos da Fundação Família Previdência é diversificado e extremamente monitorado pelo Comitê de Investimentos da Fundação. O fato de estarmos vivendo uma taxa básica de juro de 2% ao ano em nada muda o princípio da boa análise, tomada de risco controlado e alocação de longo prazo. A taxa de juros baixa torna o cenário mais desafiador para as entidades de previdência, na medida em que dificulta a capitalização dos recursos previdenciários. Para fazer frente a essa realidade, a Fundação Família Previdência tem buscado diversificar seu portfólio de investimentos, buscando adaptar-se ao momento atual, optando por ativos com uma melhor relação risco versus retorno”.

Hoje, Baggio segue tranquilizando os investidores da Fundação Família Previdência quanto aos cuidados que a equipe de investimentos toma ao estudar minuciosamente os mercados em busca de rentabilidade aos participantes dos planos de previdência privada: “No Comitê de Investimentos da Fundação Família Previdência, todas estas nuances são debatidas periodicamente, de modo a primar sempre pela preservação de capital”, afirma.

“A Fundação Família Previdência já faz isso há mais de 40 anos, auferindo rentabilidade de 546% nos últimos 15 anos. Quantas vezes o cenário político e econômico mudou nestes anos? Centenas, milhares? A palavra-chave neste momento é constância nos aportes e na convicção da formação de poupança previdenciária de longo prazo, enquanto a ansiedade – justa – precisa ser controlada”, conclui Baggio.


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