Restituição do Imposto de Renda 2020: saiba como fazê-la render - Família Previdência

Restituição do Imposto de Renda 2020: saiba como fazê-la render

Saiba se você tem direito à restituição e onde investir nesse período de pandemia.

Postado em: 01/07/2020

Tempo de leitura: 10 minutos

Devido à pandemia do novo coronavírus, neste ano, o prazo para entrega das declarações do Imposto de Renda foi prorrogado até o último dia 30 de junho. Apesar disso, os prazos de restituição para aqueles que têm direito e não caíram na malha fina já estão valendo e, inclusive, já houve dois lotes liberados pela Receita Federal. É a primeira vez que as restituições começam a ser pagas durante o prazo de transmissão das declarações.

devolução é destinada aos contribuintes que tiverem gastos maiores do que o piso estipulado pelo Governo Federal. Neste ano, a estimativa é que cerca de 32 milhões de pessoas sejam contempladas.

O primeiro lote da restituição, destinado às chamadas prioridades, foi liberado ainda em maio, no dia 29. Essas prioridades são estipuladas de acordo com o Art. 16 da Lei 9.250/1995, e destinam-se a idosos, professores ou pessoas com alguma deficiência física ou mental ou ainda alguma moléstia grave.

Neste primeiro lote, segundo o Fisco, foram contemplados ainda mais de um milhão de contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até o dia 4 de março deste ano.

O segundo lote também já foi liberado no dia 30 de junho, com um crédito bancário a mais de três milhões de pessoas, somando R$ 5,7 bilhões, o maior valor para um lote de restituição em todos os tempos, conforme a Receita Federal.

O 3º, 4º e 5º lotes de restituição obedecerão ao seguinte calendário:

3º lote: 31 de julho de 2020
4º lote: 31 de agosto de 2020
5º lote: 30 de setembro de 2020

restituição do Imposto de Renda é corrigida pela Taxa Selic. Porém, ela deixa de sofrer acréscimos ao ser disponibilizada ao contribuinte. O pagamento é depositado diretamente na conta bancária. Caso você tenha cometido algum tipo de erro no preenchimento dos seus dados bancários, é preciso providenciar o pedido de pagamento junto ao Banco do Brasil.

Consulta à restituição do Imposto de Renda 2020

A consulta aos lotes já liberados do Imposto de Renda está disponível na página da Receita Federal. Basta incluir o CPF e a data de nascimento.

Ao realizar as consultas aos lotes do Imposto de Renda 2020, o contribuinte deve receber uma das seguintes informações:

- foi contemplado e os valores já estão disponíveis;
- a declaração está na "fila de restituição", ou seja, que está tudo correto (apenas aguardando a liberação dos valores nos próximos meses);
- a declaração está "em processamento", ou na "fila de espera" do órgão.

Quando a declaração está "em processamento" ou na "fila de espera", pode ser que haja alguma inconsistência de informações e o contribuinte pode revisá-la, mesmo sem ter certeza de que há algum erro. Isso ocorre pois o contratante, ou médicos, imobiliárias, podem não ter enviado as informações sobre seus colaboradores e clientes, inviabilizando o cruzamento pelo Fisco.

O que fazer com o dinheiro da restituição do Imposto de Renda?

A primeira dica para usar a restituição do Imposto de Renda é: se não estava contando com esse dinheiro, não gaste sem responsabilidade. Ainda que essa receita não estivesse “prevista” para entrar agora, é importante incluí-la no seu planejamento financeiro.

Por estarmos em um período de pandemia e, por consequência, crise econômica, é preciso ficar atento ao receber a quantia. O valor varia de acordo com a situação de cada contribuinte, mas deve ser gasto dentro de uma ordem de prioridades.

Por isso, devido ao período de instabilidade da economia, não se recomenda simplesmente gastar o valor recebido do Fisco em compras ou passeios.

Para quem tem dívidas em atraso, por exemplo, é importante listar quais são as contas mais importantes e priorizá-las. Nesse caso, dívidas com cartão de crédito são sempre as mais urgentes de serem quitadas, pois os juros são altíssimos.

Já para aqueles que estão com o orçamento em dia, o valor da restituição é uma ótima oportunidade para investir e fazer este dinheiro render.

Melhores investimentos para usar a restituição do Imposto de Renda

Se o seu caso é investir a restituição do Imposto de Renda, é importante conhecer as possibilidades de investimentos para aplicar. Por isso, listamos as melhores opções para você fazer o seu dinheiro render neste ano de tanta turbulência econômica.

Conforme nosso Gerente de Investimentos Bernardo Baggio afirmou durante a live da Jornada Financeira 2020, que realizamos no último dia 18 de junho, em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (Senge-RS), o pior momento da economia ser afetada pela pandemia parece ter ficado para trás.

Então, nesse cenário de retomada, investir é uma boa alternativa. Mas, atenção: é importante saber o seu perfil de investidor e ter clareza sobre seus objetivos. Afinal, para cada perfil existe uma alocação (divisão entre tipos diferentes de investimentos) ideal.

Por exemplo: um investidor conservador não deve ter investimento em ações, mesmo que tenha tudo para ser o melhor investimento do ano. Outro investidor, com objetivos de curto prazo, não deve buscar a previdência privada, a qual apresenta ótimos ganhos, mas somente a longo prazo.

Vamos ver, então, onde investir?

Ações

Os investidores com perfil mais agressivo devem ter uma carteira de ações em seu portfólio de investimentos. Se esse é o seu caso, agora é um bom momento de tomar risco. Não é quando a bolsa de valores sobe ao máximo que você deve comprar ações: é justamente em um momento de crise que faz sentido aumentar a sua exposição.

Em tempos de crise, você pode encontrar verdadeiras oportunidades na bolsa, o que não aconteceria em um período normal. Assim, apesar dos riscos, você deve ficar atento às oportunidades que se apresentam no mercado. Com a queda brusca durante a pandemia, é possível encontrar ações abaixo do seu valor.

O momento, porém, exige paciência e atenção por parte dos investidores. Nunca jogue todas as fichas em investimentos de renda variável, até porque ninguém sabe ao certo se teremos uma segunda onda de contágios da pandemia e nem quanto tempo durará a crise.

Fundos de Investimentos

Fundo de Investimento é uma modalidade coletiva de aplicação em que um gestor administra o capital dos cotistas. Justamente por isso, essa modalidade é indicada para aquele investidor que não tem conhecimento, tempo nem interesse em acompanhar o mercado.

Você não precisa ser um expert em renda fixa ou em renda variável, pois quando você aloca seu capital em um fundo, contará com uma gestão profissional que fará a gestão dos investimentos por você.

Em se tratando de Fundos de Investimentos, existem duas ótimas opções: Fundos Multimercados e Fundos de Ações.

Os Fundos Multimercados sofreram um baque durante a crise como várias outras modalidades de investimentos, mas mantém boas perspectivas para longo e médio prazo, e podem ser uma opção perfeita para quem está começando. Isso porque são compostos de ativos variados, os quais conferem diversidade para a carteira, como renda fixa, DI, crédito, Ações, Juros, Moedas, no Brasil ou no exterior, etc.

Já os Fundos de Ações são aqueles investimentos que aplicam o capital dos cotistas em ações disponíveis no mercado. O investidor mais arrojado deve aproveitar o momento de queda dos ativos para montar posição em fundos de ações, isso porque a economia brasileira deve iniciar o processo de retomada pós-pandemia, conferindo boas oportunidades nesta modalidade.

Fundos Imobiliários

Essa dica nosso Consultor de Investimentos Jussié Trentin deixou durante a live da Jornada Financeira 2020 especialmente para os engenheiros. Contudo, ninguém precisa ser engenheiro para investir em Fundos de Investimentos Imobiliários, os chamados FIIs.

Os FIIs são obrigados por lei a distribuir rendimentos mensais aos cotistas e, por isso, são uma boa alternativa de renda recorrente para investidores. Uma das grandes vantagens em relação aos investimentos em imóveis físicos é que os rendimentos de FII são isentos de Imposto de Renda, diferentemente dos imóveis físicos, cuja renda dos aluguéis precisa ser declarada ao Leão.

Existem fundos imobiliários de Papel e de Tijolos. Os de Papel compram CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que são dívidas lastreadas em imóveis. Já os chamados fundos de Tijolo, como o nome sugere, compram imóveis físicos, podendo ser somente um ou múltiplos imóveis.

Se o seu objetivo é ter renda com um imóvel alugado, talvez os FIIs sejam uma alternativa melhor, já que os mesmos têm entregado aluguéis na ordem de 7% a 8% ao ano, isentos de Imposto de Renda, algo muito acima do que um imóvel é capaz de gerar tradicionalmente.

CDB Prefixados e IPCA+

Certificado de Depósito Bancário (CDB) funciona como um empréstimo que você faz a um banco. Você oferece crédito ao emissor do título (banco) e, com isso, você recebe o valor investido acrescido da taxa de rentabilidade na data do resgate.

Existem sempre três alternativas de rentabilidade dos CDBs: Prefixado, Pós-Fixado ou mistos, como, por exemplo, o IPCA+.

As aplicações pós-fixadas acompanham um indexador, que é o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), o qual, por sua vez, segue a taxa Selic. Ambas sem perspectiva de elevação no curto prazo, o que torna essa alternativa pouco indicada.

Portanto é mais interessante você buscar as emissões bancárias de Renda Fixa Prefixadas, cuja taxa de rentabilidade é conhecida desde o início da aplicação, ou então aqueles CDBs atrelados à variação da Inflação (IPCA+), que são as melhores opções para o longo prazo.

Previdência Privada

E, por falar em longo prazo, olha quem está aí mais uma vez: a previdência privada. Não, isso não é puxar a brasa para o nosso assado. É real: a previdência privada está entre os investimentos mais recomendados no período pós-pandemia.

Assim como os demais investimentos, a previdência privada também foi afetada pela crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, mas quem mantém a visão de longo prazo que esse tipo de investimento exige, sabe que não se pode abalar com turbulências passageiras como esta.

previdência privada é um tipo de ativo muito parecido com os fundos de investimentos. Por exemplo, ambos contam com uma carteira de ativos, gestores profissionais e taxas de administração.

A maior diferença, no entanto, é que, ao investir em uma previdência privada como o Família Previdência, por exemplo, está livre de come-cotas, você pode contar com vantagens tributárias se seu objetivo é de longo prazo e, por sermos uma entidade sem fins lucrativos, praticamos as menores taxas de administração e revertemos toda rentabilidade aos participantes.


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