9 Filmes que mostram que a velhice pode ser algo meramente psicológico
Conheça alguns personagens que não passam nem perto de uma casa de repouso
Postado em: 19/09/2018
Nós já tratamos neste espaço, no artigo A Era dos Ex-Idosos, como as pessoas acima dos 50 anos vêm aproveitando esta fase da vida para tocar projetos antes engavetados na juventude. No artigo, afirmamos: se há alguns anos os chamados cinquentões eram considerados velhos e os sessentões combalidos, hoje esse quadro mudou em razão do grande aumento na expectativa de vida.
Agora, vamos apresentar para você nove filmes que mostram que ser velho pode ser muito mais um estado mental do que a realidade para os cinquentões, sessentões e setentões. Afinal, se muitos dos idosos desta nova era não gostam nem de serem chamados de idosos, tamanha a vitalidade, por que não buscarmos na sétima arte exemplos de que qualquer um pode usar essa fase da vida para vivê-la ao máximo?
Os filmes que selecionamos narram, de forma geral, as reviravoltas que a vida traz e como ela pode ser reinventada e maravilhosa depois dos 50 ou 60 anos, com muitos ensinamentos e aprendizados. Esses filmes ensinam que a velhice não é doença, muito menos o fim de tudo; que é possível conhecer novas pessoas, novas cidades, novas aventuras, novos desafios, lançar novos olhares sobre questões do passado... e demonstram que o amor e todas aquelas sensações que vivemos diante de algo novo são possíveis de serem experimentadas em qualquer idade.
1. Última Viagem à Vegas (EUA - 2013)
O longa-metragem conta a história de Billy (Michael Douglas), Paddy (Robert De Niro), Archie (Morgan Freeman) e Sam (Kevin Kline) que são amigos desde a infância e hoje são senhores de idade. Quando Billy, o solteirão do grupo, decide, enfim, pedir em casamento sua namorada de trinta e poucos anos, ele e os amigos resolvem viajar até Las Vegas para reviver a juventude e curtir uma tremenda despedida de solteiro. O que eles não imaginavam é que a Las Vegas atual seria bem diferente da cidade que eles conheceram décadas atrás.
O filme leva os espectadores à reflexão sobre o que realmente vale a pena quando a idade avança e como mudamos nossos costumes e gostos ao longo do tempo. Os quatro senhores não aceitam as limitações e querem viver na mesma intensidade de antes, porém, já não possuem o mesmo ritmo. O que eles descobrem são homens cheios de histórias bonitas para contar e que, de certa forma, estão felizes e confortáveis em suas vidas atuais. O filme é uma ótima oportunidade para nos projetarmos ao futuro e sabermos exatamente onde queremos estar e com quem estar.
2. Red - Aposentados e Perigosos (EUA - 2010)
O filme é sobre o ex-agente da CIA aposentado Frank Moses (Bruce Willis) que paquerava a funcionária da previdência. Mas a Central de Inteligência Americana (CIA) começou a persegui-lo e, para desvendar o motivo, ele reúne seus antigos companheiros de trabalho: Joe (Morgan Freeman), Marvin (John Malkovich), Victoria (Helen Mirren), todos aposentados que voltam à ativa, por Frank, e contra o velho inimigo Ivan (Brian Cox).
A genialidade do filme está em mostrar que só porque uma pessoa envelheceu e está aposentada, isso não significa que ela esteja morta. Os mais velhos podem ser tão atuantes e eficientes quanto os mais jovens (se duvidar, eles dão uma surra, pois experiência conta muito).
3. Rocky Balboa (EUA - 2006)
Aposentado e com mais de 50 anos, Rocky Balboa (Sylvester Stallonte) é admirado e lembrado com saudade como campeão de boxe. Dono de um restaurante, ele entretém os fregueses contando suas histórias, enquanto se sente, no fundo, muito solitário sem a esposa, morta por um câncer, e sem o filho, que quer ser independente e vive longe do pai.
Mas Rocky vê uma nova chance de retomar os dias de glória quando a imprensa começa a especular sobre qual seria o resultado de uma luta hipotética entre ele e o campeão invicto dos pesos-pesados Mason Dixon (Antonio Tarver). Mais uma vez, a tristeza da velhice é mais uma questão de atitude mental, de baixa autoestima do que um destino imutável, e tudo pode ser mudado quando traçamos novos objetivos.
4. Gran Torino (EUA - 2008)
Walter Walt Kowalski (Clint Eastwood) é um homem rabugento e solitário, ex-militar veterano da Guerra da Coreia. Tem problemas familiares, realçados após a recente morte da esposa, com quem fora casado por mais de 50 anos. Após tornar-se viúvo, continua a morar em sua casa, contrariando os desejos dos filhos, que expressam o desejo de ele ir morar em algum retiro para idosos.
O filme é dirigido pelo próprio Clint Eastwood e “põe o dedo na ferida” no que diz respeito a como estamos lidando com as mudanças do mundo em conflito com nossos preconceitos internalizados. Walter é o exemplo de profissional que veste a camisa da empresa, mas que não aceita que os tempos mudaram e os mais novos precisam de toda sua ajuda e conhecimento para fazerem a coisa certa. No caso do veterano, as coisas começaram a mudar, passado o choque de realidade, e isso foi uma atitude muito admirável durante o filme.
5. Exterminador do Futuro - Gênesis (2015)
Em 2029, a resistência humana contra as máquinas é comandada por John Connor (Jason Clarke). Ao saber que a Skynet enviou um exterminador ao passado com o objetivo de matar sua mãe, Sarah Connor (Emilia Clarke), antes de seu nascimento, John envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta ao ano de 1984, na intenção de garantir a segurança dela. Entretanto, ao chegar, Reese é surpreendido pelo fato de que Sarah tem como protetor outro exterminador T-800 (Arnold Schwarzenegger), enviado para protegê-la quando ainda era criança.
Aos 67 anos, Schwarzenegger volta a interpretar o androide T800, agora com as funções de ‘pai’ e ‘protetor’. Velho, mas não obsoleto, como diz a sua personagem a certa altura da trama, e cheio de marcas deixadas pelo tempo, tal e qual o seu intérprete, o “Exterminador do Bem” é uma espécie de família para Sarah e ensinou a ela os macetes para sobreviver neste mundo cruel.
6. Um Lugar para Recomeçar (EUA - 2015)
Einer Gilkyson (Robert Redford) é um fazendeiro alcoólatra e deprimido pela morte do filho, que vive na fazenda junto de seu amigo de longa data Mitch Bradley (Morgan Freeman). Einer ajuda Mitch dando-lhe injeções diárias para a dor remanescente do ataque de um urso, que sofreu tempos atrás, enquanto que Mitch ajuda o amigo a superar a dor da perda do filho.
O cotidiano dos dois é alterado quando chega à fazenda Jean Gilkyson (Jennifer Lopez), ex-nora de Einer, junto com a neta Giff (Becca Gardner). Einer mantém um rancor da nora por acreditar que a moça é culpada pela morte de seu filho, mas quando descobre que ela está fugindo de um relacionamento violento, ele se aproxima de Jean e os dois aprendem a perdoar, sarar as feridas e recomeçar. Emocionante!
7. O Exótico Hotel Marigold (Reino Unido - 2012)
Quando um hotel aparentemente luxuoso é inaugurado numa cidade indiana, diversos aposentados ingleses viajam para iniciar uma nova vida ali, seduzidos pela promessa de tranquilidade e pela energia de seu novo anfitrião, Sonny (Dev Patel). Aos poucos, a simplicidade que encontram vai sendo compensada pelo aconchego do local e pela cumplicidade que seus habitantes desenvolvem. O segredo do filme é a forma como apresenta as inúmeras alternativas que vida traz. Sabemos que temos um tempo finito, mas de duração indefinida – enquanto isso, por que não aproveitar?
O filme apresenta ao espectador elementos para refletir a velhice na sociedade, indicando as possibilidades de repensar essa fase da vida como um momento de descobertas, aprendizagens, mas, principalmente, instigar a sensibilidade e o respeito por estas pessoas que são detentoras de conhecimento e sabedoria. Na velhice, ao manterem suas atividades laborais, os idosos sentem-se revigorados e com expectativas para o futuro, além de agregarem à experiência novos conhecimentos e habilidades, fator esse que colabora com um envelhecimento saudável e proativo.
8. Ensina-me a Viver (EUA - 1971)
Harold (Bud Cort), rapaz de 20 anos com obsessão pela morte, que passa seu tempo indo a funerais e simulando suicídios, um dia conhece Maude (Ruth Gordon), uma senhora de 79 anos apaixonada pela vida. Eles passam muito tempo juntos e, durante esta intensa convivência, ela o apresenta à beleza da existência.
O filme fala de amizade, de carinho, de respeito, de cumplicidade, de se despir de preconceitos. 'Ensina-me a Viver' não se tornou um clássico por acaso. Ele chuta as convenções, os preconceitos e nos apresenta uma história honesta sobre o encontro de almas. Um filme que inspira a sermos melhores e apreciarmos as boas coisas que passam por nós. Enfim, uma aula.
9. Acertando o Passo (Reino Unido - 2018)
Quando “Lady” Sandra Abbott (Imelda Staunton) descobre que seu marido, com quem é casada há 40 anos, tem um caso com sua melhor amiga, ela busca refúgio com sua irmã Bif (Celia Imrie), com quem tem pouco contato. Elas não poderiam ser mais diferentes – Sandra é um peixe fora d’água perto de sua irmã que não tem papas na língua, se envolve com quem tem vontade e se sente livre.
Mas ser diferente é tudo que Sandra precisa, e ela relutantemente deixa Bif a arrastar para sua aula de dança, onde ela, aos poucos, começa a encontrar seus pés. O filme não se resume à dança e a um casamento condenado ao fracasso, ele percorre pelo caminho do respeito pela sua vida e pela dos outros, pelas limitações e os encantos que a velhice pode nos oferecer. Sim, cada um com as suas dores e suas escolhas, mas o mais importante é como escolhemos seguir para assim vivermos da melhor maneira.
A escolha é sua
A questão que todos estes filmes suscitam é que a vida não acaba quando você se aposenta. Independentemente qual seja a sua idade, aquela voz que estava dentro de você aos 18 anos terá uma sonoridade jovem mesmo que você já tenha 90 anos. A escolha é nossa. O problema é que somos pressionados a parecermos sempre jovens, como se envelhecer fosse uma doença. Ora, o contrário da velhice é a morte. Quem não envelhece morre cedo.
E você? Está preparado para viver muito além da sua aposentadoria? Um brasileiro que vivia em média 45 anos em 1940, hoje chega fácil aos 76. Você tem grandes chances de passar dos 80 anos. Se você se aposentar com 65 anos pelo INSS, terá ainda 15 anos ou mais para viver dependendo do mínimo que a previdência pública oferece. Não seria interessante se você tivesse mais dinheiro pra aproveitar sua longa aposentadoria? Seja dono do seu futuro. O Família Previdência é o seu caminho para um futuro pleno.
COMECE A SIMULAR O SEU PLANO